TESTEMUNHO:
Rodrigo F.Santos
Olá, chamo-me Rodrigo Flores
dos Santos, tenho 28 anos, atualmente exerço a função de
advogado na Superintendência dos Serviços Penitenciários.
Cresci numa família bastante humilde, onde nunca não houve
abundância, mas com a graça de Deus não faltava o alimento. No
bairro Vieira, São Gabriel, tive uma infância com poucas
possibilidades, não havia muitas opções no horizonte, devido ao
descaso comum e típico do poder público com as parcelas mais
pobres da sociedade.
Diante disso, a realidade era ir à escola e algumas poucas
brincadeiras, dentre elas o futebol, atividade que alegrava o
coração daquela gurizada tão sofrida, mas feliz e sonhadora.
O tempo foi passando e as responsabilidades aumentando, já na
adolescência – por volta dos 12, 13 anos, já me arriscava em
algumas atividades laborais para ter algum trocado para comprar
algo e também ajudar em casa. Dentre esses “serviços” fiz
limpezas em pátios, cobranças, venda de jornal, e a mais
lucrativa de todas, a venda de picolés.
Nesse período já tinha uma fé em Deus, em alguns momentos mais
católica e em outros mais voltado à religião afro-brasileira,
religião essa professada pela minha querida e saudosa avó, a
qual sempre me ensinou o respeito a todo e qualquer credo
religioso.
Passados mais alguns anos, agora já com meus 15 anos, um grande
amigo, Solano, convidou-me para uma festa junina, fomos até o
local mas a festa por algum motivo - o propósito de Deus é claro
- atrasou e não começou no horário combinado.
Então, meu amigo e instrumento de Deus naquele momento,
convidou-me para irmos até a igreja dele até começar a referida
festa. Sem conhecer a dita igreja e muito menos a sua fé,
aceitei o convite mais pela nossa amizade e então fui. Ali,
Igreja Quadrangular da Av. Francisco Hermenegildo, entrei e
imediatamente fui tomado por aquele louvor, aquela palavra,
aquilo tudo preencheu a minha alma que até então, mesmo sem
saber, buscava algo e esse algo era Jesus, era o reino de Deus.
Esqueci-me da festa junina e conheci o melhor amigo de todos, o
conselheiro, aquele que morreu na cruz por mim, o meu querido
Jesus Cristo.
De lá pra cá tudo foi diferente, foram tantas vitórias, muitas
lutas, algumas perdas, mas uma certeza Ele sempre esteve comigo,
Ele permanece e estará até a consumação dos dias, até a volta.
Ele me transformou e essa mudança é diária, todos os dias ele
quebra meus rótulos e preconceitos, mostrando-me que somos todos
iguais e pecadores, independente da cor, da classe social e da
opção sexual, porque esse Cristo não fez e nunca fará acepção de
pessoas.
Diante de tudo isso nutro duas certeza:
O meu pecado apenas é diferente do que o do meu irmão, mas somos
todos pecadores.
Entretanto, pela graça e perdão de Cristo somos diariamente
perdoados.
Espero que esse testemunho possa abençoar a vida de todos que de
alguma forma venham a ter contato com ele e que estendamos mais
a mão ao próximo e julguemos bem menos, afinal o julgamento cabe
apenas ao Deus Pai.
Que a paz de Cristo seja com todos!