Palavra de Pastor
Pastor Derci Silveira Borge_Igreja
Evangélica Pentecostal Cruzada Universal.
Luca 23:33 – “E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira,
ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à
esquerda”. – (ARC).
Esta passagem bíblica me chama muita a atenção, pois ao analisar
bem, em sua sequência, vemos retratado nela a verdadeira
realidade de nosso dia a dia. O nosso Cristo continua ainda
sendo crucificado, Ele continua sendo incompreendido, continua
não sendo aceito conforme Ele é. Muitos pregam o amor e não
vivem o amor, se dizem humildes, mas não o são.
Enquanto nesta passagem vemos o Mestre, o Deus homem, revelando
o coração misericordioso de Deus, usando a cruz como púlpito
para pregar a estes dois malfeitores, um a sua direita e outro a
sua esquerda, bem como a multidão de escarnecedores a sua
frente. “E dizia Jesus: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que
fazem”.
Aqui Ele mostra o verdadeiro amor, pois Ele ama infinitamente,
quando o pecador age em ignorância da verdade, aqui Ele
demonstra a verdadeira dependência e obediência ao Pai, pois,
apesar do sofrimento e do sacrifício, não é contra e nem
contesta a vontade do pai. Pois Ele nos diz: “E a vontade do Pai
que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se
perca, mas que o ressuscite no último dia”. – João 6:39
Estando sendo escarnecido, maltratado, não olha pra si, mas para
os transgressores, esperando o arrependimento, não olha para o
momento de sofrimento, e dor, mas para glória do porvir, pois
sendo Deus, sabe que tudo “Está consumado, a tarefa está
terminada”. Imagino a dor de Jesus ao ser coroado com a coroa de
espinho, ao ser pregado na cruz, tão somente por nos amar e
querer nos reconciliar com o Pai. Este seria o ápice do
sofrimento? Não, não creio! O sofrimento maior do Mestre e ver
naquele malfeitor ao seu lado o imediatismo, pois blasfemava
dizendo: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós”. A
única prova aceita por aquele homem e pela multidão incrédula,
que Jesus era o Messias, o filho de Deus, era Ele descer da
cruz. “E dizendo: Tu, que destróis o templo, e em três dias o
reedificas, salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da
cruz.”. – Mateus 27:40.
Acho que a maior dor de Jesus era ver os escarnecedores a sua
frente, dizendo, curou doentes, libertou os endemoninhados,
salvou os outros e não pode salvar-se, não é ele o rei dos
judeus. Aqui concluímos que nenhum ser sem a graça de Deus
seria, ou será capaz de entender que Jesus não podia e nem
queria desistir de Sua missão, de abrir uma fonte de salvação a
todos os pecadores arrependidos. Cristo aceitou na cruz a
separação de Deus Pai, que era nossa, por nossos pecados. Pois
diz em Isaias 59:2 “Mas as vossas iniqüidades fazem separação
entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu
rosto de vós, de modo que não vos ouça”.
Nesta cena só um justo, sendo injustiçado o Mestre Jesus, e,
mais de um tipo de pecador: O pecador ignorante, que não conhece
a verdade, mas a ouve e aceita; o pecador religioso, o que
conhece a lei, mas não conhece a graça; o pecador que ao
conhecer a verdade e a graça, não se arrepende. Mas ali estava
um malfeitor que reconhece sua condição de pecador, sua condição
de miséria humana e que sua vida não acaba aqui, ou que não se
resume, com sua morte na terra. “E disse a Jesus, Senhor,
lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”.
Tendo recebido de Jesus Cristo a libertação do pecado, a cura da
alma, e da morte eterna, bem como recebeu o compartilhamento do
lugar e a condição de bem aventurança depois da morte. “E
disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no
paraíso”.
“E era já quase à hora sexta, e houve trevas em toda a terra até
hora nona, escurecendo-se o sol”; “E rasgou-se ao meio o véu do
templo”. Para dissipar as trevas na terra ficou à divina luz,
através do Espírito Santo, e o véu que separava o lugar Santo,
do Santos dos Santos, sendo rasgado proporciona ao crente acesso
a presença gloriosa de Deus, hoje, através da oração, e a
promessa de não mais haver a separação pelo pecado da criatura
do seu Criador, no porvir. “Na casa de meu Pai há muitas
moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar”. – João 14:2.
Você que está lendo estas palavras, não deixe vago este lugar,
já preparado pelas mesmas mãos que foram pregadas na Cruz um
dia, por todos nós.
E para se chegar lá, precisa:
1º Esforço: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita;
2º Urgência: Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado
a porta, e vós, do lado de fora,
3º Intimidade: Senão, Ele vos responderá: Não sei donde sois;
4º Santificação: Sem a qual ninguém verá o Senhor. “Disse-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao
Pai, senão por mim”. – João 14:6
A paz de Nosso Senhor Jesus Cristo, esteja com você.