A mulher está na política, em cargos civis e militares, mas porque ainda há restrições quanto à mulher na liderança cristã?

Entendo que a posição tida como "ortodoxa" nestes casos, de excluir a mulher da liderança eclesiástica, está absolutamente equivocada.

O líder cristão só é chamado 'Pastor" justamente pela ligação simbólica com os serviçais que pastoreavam rebanhos de ovelhas em Israel. Por isso mesmo não deveria haver impedimento algum para que mulheres exercessem este ofício, já que na Bíblia, vemos vários exemplos de mulheres pastoreando rebanhos. "Enquanto Jacó ainda lhes falava, chegou Raquel com as ovelhas de seu pai; porque ela era pastora" (Gênesis 29.9). Assim como Raquel, também Lia, Zípora e outras mulheres exerciam o ofício de pastoras de rebanhos no Antigo Testamento. É ali também que surgem o ministério profético de Débora e Miriã, o reinado de Ester, e outras demonstrações de liderança feminina. No Novo Testamento, apesar de muitos verem uma proibição infundada na leitura descontextualizada de 1.ª Coríntios,novamente aparecem mulheres exercendo função similar à dos apóstolos e evangelistas,como a profetisa Ana, filha de Fanuel (Lucas 2;36-38) e Júnias, que a Bíblia chama claramente de "apóstola", tendo se convertido antes de Paulo de Tarso, que assim escreveu: "Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros de prisão, os quais são bem conceituados entre os apóstolos, e que estavam em Cristo antes de mim." (Romanos 16.7)

Pertenço a uma igreja que, internacionalmente, foi fundada por uma mulher, e que não existiria ainda hoje se não houvesse aprovação de Deus. Num mundo tão carente de lideranças confiáveis, se uma mulher sente-se chamada para servir a Deus através de seu dom de liderança, que se prepare para tal, e, em nome de Jesus, lidere! E siga firme, confiando na eficácia da Palavra ministrada por – lá vem ele outra vez – o apóstolo Paulo: Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus. (Gl 3, 27-28).

Provérbios 31:25-30 nos ensina que, A força e a honra são seu vestido, e se alegrará com o dia futuro.

Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua.

Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça.

Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva.

Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!

Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada.

Ao ver Ester, Débora, Ana e Raquel, surge a pergunta:
Por que razão Deus privaria a mulheres no tempo atual do privilégio de serem instrumentos do Seu amor para cuidar do Seu rebanho particular?

Não levanto a bandeira do feminismo, apenas defendo O valor da mulher, pois a mulher tem dons e talentos, tem chamado. Ela deve exercer seu ministério não porque é esposa de pastor, porque ela quer um título, porque precisa aparecer. Deve exercer o ministério por causa do seu chamado, assim como Deus salva o homem, Deus salva a mulher, pelo mesmo preço, o sangue de Jesus. Assim como Deus dota um homem de dons e talentos, Deus dotou a mulher, dados pelo Espírito Santo. Então, no corpo de Cristo não há diferença, como o apóstolo Paulo fala em Gálatas 3:28. Ele diz: "Porque em Cristo não há macho ou fêmea". Não há gênero! "Não há judeu nem grego, não há raças".

É claro que a mulher não deve e nem pode viver para competir com o homem, não é porque agora ela tem espaço, que vai se masculinizar, desrespeitar e não honrar seu marido, chefe e seu pastor.