TESTEMUNHO: DIEGO JARDIM ALVES

 

 

Olá, meu nome é DIEGO JARDIM ALVES , venho contar meu testemunho através desta oportunidade que tive neste jornal, a coisas que jamais esquecemos em nossas vidas assim como desde o início que comecei a entender o que o mundo me oferecia.

Desde de nascido morei com minha amada avó em uma rua próximo ao rio Vacacaí, sempre fui alegre e ousado, quando tinha 9 anos e estava sempre em meio aos amigos na rua jogando e aquelas brincadeiras que todos brincam, futebol no meio da rua, brincava de se esconder e por aí adiante. Passado um tempo, minha avó teve algumas dificuldades, pois meu avô era alcoólatra e para piorar minha tia mais nova veio a ter problemas psicológicos e teve que ir passar um tempo na cidade de Pelotas – RS para acompanhar o tratamento de minha tia, neste mesmo ano parei de estudar e aí comecei a olhar as velhas brincadeiras da rua de uma forma diferente, já não tinha mais graça, comecei a ficar até mais tarde na rua, foi quando conheci jovens diferentes e adultos também que já não tinham os mesmos costumes que eu, foi quando com meus 11 anos conheci a bebida e também vi vários jovens se drogando. Neste mesmo ano minha avó retornou e no mesmo ano meu avô veio a falecer, aí começou o outro lado em que eu comecei a ver as dificuldades de dentro de casa, via a minha avó todos os dias em dificuldades financeiras para trazer o sustento para dentro de casa e eu não sabia o que fazer, foi em um domingo quando estava com uns rapazes, fui para o rio e em meio aos rapazes bebendo e um até se drogando, vi um senhor atrás da 13° Cia Com Mec, tirando areia de dentro do rio com um bote, na mesma hora perguntei se isso dava dinheiro, pois não era muita mas já me ajudava, fiquei então quase um ano nisso, foi cansativo mas conseguia comprar pão e mortadela que era o que eu mais gostava naquele ano, mas a noite eu acabava me perdendo, amanhecia na rua com uma dezena de jovem bebendo e também brigando.

Passado um tempo, eu já com meus 13 anos, acabei me envolvendo em brigas no centro da cidade e até em clubes. " Essa historia de que SG tem Bonde na realidade sempre teve mas nunca teve isso que acontece nos dia de hoje".

Com 13 anos ia para clubes, já mentia idade e adentrava com os maiores,na saída sempre tinha briga, esfaqueamento e correria, até que chegou um ponto que eu já não podia sair da minha rua de tantas rixas, foi que acabei comprando até uma arma. Depois disso se passou um tempo onde me acalmei, decidi correr atrás de meus documentos e de algo para passar meu tempo.

Neste tempo sempre eu ía a noite em uma Lan house no centro, foi então que conheci um homem que já falecido que era dono desta Lan house que eu frequentava, pois um dia eu já com meus 14 anos ele me perguntou o que eu fazia, eu disse que nada e como eu tinha dinheiro para ir lá na Lan?, eu disse que eu tirava areia de rio e me fez várias perguntas, mas em nenhum momento eu achei que era o dono da Lan.

Descobri que no antigo fórum da cidade de SG tinha o SINE onde largavam curriculum para trabalhar, pois larguei um curriculum, um dia depois quando estava na sala de casa encostou um carro e eu fiquei assustado, quando abriu o vidro era o rapaz que tinha me feito as pergunta e se apresentou como dono da Lan e disse que se eu quisesse trabalhar lá que era para mim ir no outro dia. Fiquei um bom tempo trabalhando até que chegou a vez de eu me alistar no Exército Brasileiro.

Este ano que eu me alistei foi calmo sem muitas dificuldades. No ano seguinte em 2010 no mês de janeiro eu comecei a andar só, sem a companhia de ninguém, para não ter problemas antes de ir para o quartel mas para me despedir das ruas como todos os anos decidi fazer carnaval em fevereiro, pois estava muito ruim até que no dia 16 de fevereiro de 2010 nesta noite conheci uma menina chamada Bruna de Amaral Machado. Dia 1° de março incorporei no 6° BE CMB e fiquei 30 dias internado e em um domingo de visita quando eu menos esperava lá estava ela e sua mãe tinham ido me visitar, pois fiquei muito feliz neste dia, quando saí tive que tomar um rumo em minha vida, daí vi que já era hora de parar com aquela vida que eu tinha antes.

Até aqui só falei sobre mim mas agora que entra a obra do Senhor na minha vida, no mês de abril fui voluntário para trocar de seção e acabei indo para o aprovisionamento por alguns messes onde conheci um militar chamado Rafael Freitas de Azevedo, pois ele era cristão e todos os dias colocava louvores para escutar e eu tinha que acabar escutando também e em um dia eu conversei com ele e contei alguns acontecimento para ele, pois no mesmo momento ele me disse que tinha algo melhor para mim, que eu tinha que ir para o caminho do Senhor, na hora algo me fez ficar calado, algo muito estranho naquela hora aconteceu. Fiquei todo o tempo pensando no que ele falou, mas eu tinha uma visão diferente sobre igrejas e jamais gostaria de colocar meus pés em uma.

Mas um dia eu tive curiosidade de saber como era e ao ter um convite fui até um endereço onde ele dizia ter uma igreja, chegando lá tinham algumas pessoas ensaiando um louvor, ao me aproximar um irmão chamado Henrique abriu os braços e me abraçou, aquilo naquele momento foi algo muito bom, nunca tinha recebido um abraço tão sincero como aquele, pois era algo muito diferente, passado um tempo eu já estava indo a todas as reunião e sentia a presença do Senhor a todo o momento mas como nos caminhos do Senhor não é só milagre, começou as primeiras provações , foi quando tive problemas com minha companheira, pois ela não gostava muito de ir a igreja, sempre insistia para ela ir...resumindo, ela acabou gostando e com o tempo passando, fomos as águas para o batismo juntos.

E não parou por aí, depois que nos batizamos e vimos a obra do Senhor em nossas vidas, decidimos fazer a vontade do Senhor e cumprir a palavra do Senhor e nos casamos dia 21 de fevereiro de 2014, isto 4 anos após nos conhecermos, hoje ainda continuo no 6° BE CMB, na 1° Seção, cursando faculdade de Jurídico e minha esposa já quase se formando em Técnico e Enfermagem.Temos nossa vida diária na paz do Senhor, com provações diárias e reconheço todos os dias da minha vida quem me livrou da morte, mesmo eu tendo todos esses defeitos que tinha Ele me aceitou como eu era e até hoje não tenho vergonha de dizer quem eu era e quem Deus fez eu ser hoje, aprendi a amar minha família e amar meus irmãos...

Tudo seja para glória e honra do Senhor nosso Deus.

Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. João (4:23-24).