MAGALI ARCE
Diretora Geral-www.diferenciado.com.br
Jornal O Diferenciado
CNPJ:30835.512/0001-39
DIA DAS CRIANÇAS!
As crianças merecem a atenção. É
fundamental que lutemos pelos seus direitos, integridade física,
para que tenham lazer, cuidados, proteção, enfim, é fundamental
que sejam respeitadas, mas acima de tudo, a criança deve ser
respeitada como criança e ser infantil... isso mesmo, precisa
ser o que é e fazer o que sabe fazer... criancices.
Vivemos na era digital, em que crianças desde muito cedo já
sabem lidar com aparelhos eletrônicos, já sabem jogar
videogames, vivemos em tempos modernos em que desde cedo
crianças precisam se adequar à modernidade e agir como pequenos
adultos. Quanto mais cedo falar inglês melhor não é mesmo? E por
que não falar italiano ou espanhol? Deve tocar algum
instrumento... Mas eu quero brincar mãe! Quero brincar pai!
Percebem? Há uma violência quase imperceptível taxada de “cuidar
do futuro”, violência contra a simplicidade da infância. Sim, a
infância é simples, é brincar de desenhar, é se sujar de barro,
é cair depois de correr no esconde-esconde, é tropeçar pulando
corda, é mexer no nariz sem pensar nos bons modos, é soltar pum
e dar risada, é ser criança. A infância precisa ser livre.
O que vemos em uma sociedade “moderna” como a nossa não é uma
maioria de pessoas frias e medíocres, e sim, pessoas vazias de
infância e de DEUS, vazias de liberdade infantil. E de que forma
adultos que não foram crianças livres podem lutar pela liberdade
das crianças para serem crianças?
Crianças precisam ser livres para sonhar seus sonhos coloridos,
precisam ser livres para fantasiar, para ser o que quiserem,
devem ser heróis ou heroínas, devem conhecer castelos, palácios,
devem crer que sapos viram príncipes,.
Ora! Se a vida se encarregar como certamente fará em desfazer as
“loucuras” da infância, que seja no tempo certo em que já se
chegou à fase adulta, chega dessa violência “maldita” em dizer:
Ele (a) precisa conhecer a realidade. Que realidade? Vamos
guardar a “realidade” para o tempo em que ela irrevogavelmente
se fará presente, deixemos as fantasias, as gargalhadas cheias
de traquinagens, deixemos os bolos de lama, os amigos
imaginários, deixemos os aparatos da infância na infância, e
mais do que isso, deixemos a infância em nós mesmos, para que um
dia de fato a luta pela preservação da criança seja plena.
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Crianças não são pequenos adultos, são crianças, chega de
violência aos sonhos dos “pequenos” e livres sonhadores.
Crianças na convivência com Deus descobrem-se na infinita
infância de um coração adorador.
Texto adaptado