A FDRH/Rede Escola de Governo, em parceria com a Escola do Serviço Penitenciário da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), iniciou cinco turmas do Curso de Formação Profissional dos Técnicos Superiores Penitenciários. Os 210 servidores, que tomaram posse nesta segunda-feira (18), foram aprovados no concurso realizado em 2012.

Pela primeira vez, os candidatos já ingressam como servidores antes mesmo da formação ser concluída. As disciplinas, que pretendem dar ênfase ao processo de humanização da pena no sistema prisional, abordam temas como gestão penitenciária; promoção e proteção à saúde; atenção em saúde mental; direitos fundamentais dos presos; justiça restaurativa e mediação de conflitos; psicologia das relações interpessoais; direitos humanos, ética e cidadania; Lei de Execução Penal; além de gramática e redação oficial, entre outras.

Para o bacharel em Direito, Rodrigo Flores dos Santos, de 23 anos, a formação é fundamental. "O curso nos dá uma boa base em várias áreas. Seria bom que todas as carreiras públicas participassem de formações antes de iniciarem suas atividades para que conhecessem melhor o sistema. É importante chegar bem preparado para devolver um serviço de melhor qualidade à população", analisa o novo servidor.Rodrigo fez estágio durante dois anos na Promotoria de Justiça Criminal do Ministério Público e atuou na Vara de Execuções Criminais. "Mensalmente fazia entrevistas com apenados. Muitas vezes, as pessoas são esquecidas pelo sistema e têm direitos que não conhecem, como no caso da progressão de pena, por exemplo. Muitos nem sabem que podem sair para trabalhar e, também, não têm quem faça os pedidos para eles. O detento que está em livramento condicional abre vaga para outro apenado, mas não consegue acessar o direito porque é comum não ter advogado. Há casos em que a Defensoria Pública não consegue chegar até ele porque existe uma demanda enorme. Quero atender o máximo de pessoas que conseguir. Pelo menos, ler o processo e dar uma satisfação", enfatiza Rodrigo.

A Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos - FDRH foi criada em 1972 pela Lei 6464/72 para desenvolver atividades voltadas ao estímulo e aperfeiçoamento dos servidores estaduais. Ligada à Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos (SARH), a FDRH trabalha na qualificação e capacitação dos servidores dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, com uma extensa oferta de cursos, além de realizar concursos públicos e fazer a gestão de contratos de estágios para os órgãos do governo, prefeituras e demais instituições públicas.

Pela sua trajetória, experiência e quadro funcional qualificado, a FDRH deve ser um centro de conhecimento para a administração pública, com a missão de produzir e socializar informações de forma avançada, investindo na qualificação de lideranças e ambientes institucionais adequados, com pluralismo, para o enfrentamento dos desafios do estado e da implementação transversal das políticas públicas.