A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
No
evangelho de Mateus capítulo 19 e versículo 6, encontro a base
das nossas reflexões para este tema acima citado.
As palavras de Jesus encontram-se no seguinte contexto: os
fariseus vieram perguntar-lhe se era lícito um homem repudiar
sua esposa por qualquer motivo.
A expressão “por qualquer motivo” é fundamental nesse contexto,
pois duas correntes rabínicas faziam-se representar entre a
multidão que ouvia os ensinamentos do Senhor Jesus: a primeira
preconizava que qualquer motivo era suficiente para o marido
despedir a sua esposa e expulsá-la da sua casa; já os
representantes da segunda corrente sustentavam que o contrato de
casamento só poderia ser rompido por motivos graves. Para dar a
sua resposta, Jesus retoma a narrativa do Gênesis (leia Mt.
19.4-5 e Gn 2.24).
O que o mestre estava querendo dizer é que a união conjugal é
algo tão forte e profundo, possibilitando tantas identificações
e compromissos, que não é possível romper tais laços por
quaisquer motivos, rebatendo dessa forma a primeira corrente
rabínica.
O casamento não é uma brincadeira de seres humanos, mas algo que
o próprio Deus criou e estabeleceu.
Mateus 19.6 de acordo com o
Comentário Broadman, Cristo observou que “desde o princípio Deus
fizera homem e mulher, prescrevendo que, por amor ao casamento,
o homem devia deixar pai e mãe para unir-se à sua esposa. Essa
união ele reconhecia como a Obra de Deus que não podia ser
desfeita pelo homem. Separar é obra do homem, não de Deus”.
Um casamento problemático deve lançar mão de todos os meios que
estiverem ao alcance dos cônjuges, ou dos que não estiverem
(quando eles suplicam pela intervenção e graça de Deus), para
que o casamento seja salvo e mantido. O compromisso vai além do
amor romântico, da paixão que se apaga e do desejo que se esvai.
Quando um casal esgota o relacionamento e se separa, nunca é
vontade de Deus, mas consequência dos interesses humanos.
Um casal que atravessa problemas de relacionamentos deve
esforçar-se ao máximo para superá-los. A grande função de uma
família é ser um núcleo de sustentação e equilíbrio emocional
para nossos filhos e para nós mesmos. Um lar desequilibrado gera
crianças desequilibradas que se tornarão adultos
desequilibrados.
Vale a pena tentar salvar o relacionamento por esses e outros
motivos. Se temos a nosso favor a graça e a misericórdia de Deus
para ajudar-nos a superar um casamento desfeito, por que não as
teríamos a nosso favor para ajudar-nos a reconstruir um
relacionamento deteriorado.
O casal que se mantém no ideal de buscar a felicidade do
cônjuge, acima de todos os interesses egoístas e mesquinhos que
comumente deixamos brotar em nossos corações, há de experimentar
grandes bênçãos.
Desejo que as bênçãos de Deus estejam sobre todos os nossos
leitores.
Que Deus abençoe teu casamento e tua Família.
Pr. Eduardo Dipp
Vice Coordenador do Conselho de Educação, Cultura Religiosa e
Família da Convenção de Igrejas e Pastores do Estado do Rio
Grande do Sul – CIPEGADERGS
Diretor do Instituto Bíblico Esperança - IBE
Porto Alegre/RS
Att,
Eduardo Dipp / Diretor
eduardodipp.ibe@gmail.com /
(51) 9778-1161
Instituto Bíblico Esperança - IBE / (51) 3387-1161
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